Aliado reclama ação do Governo no Crato

quinta-feira, 8 de março de 2012


Ao dizer que Cid Gomes está desgastado no Município, deputado cobra a recuperação de obra vital para a cidade
O deputado Ely Aguiar (PSDC) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, para dizer que o governador Cid Gomes (PSB) está desgastado com o provo do Crato e cobrar, do poder público, uma solução concreta e definitiva para a recuperação do canal do Rio Granjeiro, no Crato. O líder do Governo, deputado Antônio Carlos, refutou as afirmações de Aguiar e a discussão passou a ter um tom ríspido.


Desde janeiro do ano passado, quando o canal foi parcialmente destruído pelas fortes chuvas, a população espera ver o canal recuperado, mas na última terça-feira, dia 6, mais uma vez a chuva destruiu vários outros pontos da obra.

Para o deputado Ely Aguiar, é um "descaso" a forma como o poder público vem tratando essa problemática. Na avaliação do parlamentar, representante do Crato na Assembleia, tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura, foram omissos com a situação. "Um não faz nada e o outro cruzou os braços", pontuou.

Na época em que a cidade foi tomada pelas águas da chuva, o Ministério da Integração chegou a liberar R$ 4 milhões para as obras do canal, que seriam feitas em duas etapas, com administração do Governo do Estado. A primeira etapa da obra, foi orçada em R$ 2,5 milhões.

Ely Aguiar argumenta que chegou a falar para o governador, que a obra de recuperação não era a mais adequada, pois não proporcionava total segurança e durabilidade. Ele garante ter avisado ao governador que nas primeiras chuvas, o canal novamente seria afetado, porém alega não ter sido ouvido. "R$ 2,5 milhões foram embora e não foi por falta de aviso", ressaltou.

Reconstrução
Ely Aguiar reclama que agora, a cidade garantiu R$ 6 milhões do Banco Mundial (Bird) a serem aplicados em reforma de praças públicas, questionando por que esse recurso não pode ser alocado para a reconstrução do canal do Rio Granjeiro, entendendo ser a obra mais importante, no momento, para a cidade.

Segundo o parlamentar, a imagem do governador está bastante desgastada no Crato, pois a população confiava que a obra sendo administrada pelo Governo do Estado, ela seria entregue. "Cid Gomes é um grande gestor, trabalhador, honesto, tem compromisso com o Estado e vem fazendo uma administração que está recebendo o aval positivo, mas está desgastado no Crato e eu não queria que isso acontecesse porque gosto dele", disse.

Enquanto alega que o Estado tem sua parcela de culpa por o canal do Rio Granjeiro não ter sido finalizado, o líder do Governo na Assembleia, deputado Antônio Carlos (PT), argumenta que essa é uma obra complexa que deve ser realizada para gerar uma solução definitiva para o problema, por isso ela foi pensada em duas etapas.

Ele explica que a primeira etapa da obra, orçada em R$ 2,5 milhões não houve problemas, mas na licitação para a segunda parte, no valor de R$ 1,5 milhão, a empresa não compareceu. Ele entende que essa é uma situação emergencial e estudos estão sendo feitos para que a obra seja concluída.

Etapas
O deputado Sineval Roque (PSB) também veio em defesa do Estado e apresentou o mesmo argumento de que foram realizadas duas etapas de licitação da obra, mas na segunda etapa a empresa não compareceu. O deputado Moésio Loiola (PSD) ponderou que para esse problema, a solução deve ser técnica e não apenas um paliativo, por isso um trabalho mais demorado para a recuperação do canal.

O deputado Roberto Mesquita (PV) argumentou que a Lei das Licitações, 8.666, prevê a dispensa de licitação quando se trata de obras emergenciais, o que, a ser ver, se aplica nesse caso. Ele disse não entender a necessidade de dividir a obra em duas etapas e realizar dois certames licitatórios.

Para o deputado Fernando Hugo (PSDB), foi por "pirraça pessoal e política" que não se concluiu as obras do canal do Rio Grangeiro. Segundo o tucano, a obra deveria ser feita pela Prefeitura. Já a deputada Eliane Novais (PSB), ressaltou que esse episódio pede uma discussão sobre a qualidade das obras públicas realizadas não só no Ceará, mas também no Brasil.





Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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