Aliados de Khamenei derrotam Ahmadinejad em eleição parlamentar

domingo, 4 de março de 2012

Homens leais ao líder supremo do Irã conseguiram mais de 75% dos assentos nas eleições parlamentares do país, segundo a apuração já quase completa, praticamente reduzindo o presidente Mahmoud Ahmadinejad a um derrotado em uma disputa entre duas facções políticas conservadoras.
O resultado nas eleições de sexta-feira, que praticamente não tiveram a participação de reformistas, cujos líderes estão sob prisão domiciliar, não terá grande impacto na política externa do Irã, incluindo seu programa nuclear. Mas dará ao grupo do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, uma liderança significativa antes das eleições presidenciais de 2013.

A grande derrota dos partidários de Ahmadinejad deve corroer a autoridade do presidente, que está recebendo críticas dos aliados de Khamenei por ter desafiado a autoridade máxima do supremo líder na hierarquia do Irã.
Com 90% das urnas apuradas, os partidários de Khamenei devem ocupar mais de três quartos dos 290 assentos do Majlis (Parlamento), de acordo com uma lista publicada pelo Ministério do Interior.
Na corrida pelos 30 assentos da capital Teerã, um cálculo da Reuters com resultados preliminares não-oficiais mostrou que os partidários de Khamenei ficariam com 19 assentos, com o restante indo para Ahmadinejad.
Os candidatos de Khamenei venceram nas cidades santas xiitas de Qom e Mashhad e lideram em outras importantes províncias, como Isfahan e Tabriz, onde mais de 90 por cento dos eleitores apoiaram Ahmadinejad nas eleições parlamentares de 2009.
Até em regiões rurais, que eram redutos de Ahmadinejad e sua marca de nacionalismo não-clerical, os candidatos de Khamenei aparentemente conseguirão 70% dos assentos.
Candidatos independentes e mulheres foram relativamente bem em algumas cidades, onde fizeram campanha direta para solucionar as preocupações imediatas dos eleitores, principalmente as econômicas.
A economia do Irã está sofrendo com as sanções do Ocidente, que agora se expandiram para as lucrativas exportações de petróleo, impostas devido à recusa da nação de interromper o seu programa nuclear e abri-lo para inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU).
O resultado final da eleição deve ser divulgado na segunda-feira (5).





Postada:Gomes Silveira
Fonte:G1

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