Deputados divergem sobre aliança

sexta-feira, 9 de março de 2012


A aliança entre o PSB e o PT foi tema de discussão entre os deputados do PV, Roberto Mesquita e Augustinho Moreira, e Antonio Carlos e Dedé Teixeira, do PT, durante a sessão plenária de ontem. Roberto Mesquita afirmou que o Governo do Estado teria uma verba de R$ 300 milhões a ser aplicada em saneamento básico em Fortaleza, mas a Prefeitura estaria se recusando a aceitar a verba.
Segundo Mesquita, a Capital tem sérios problemas na área de saneamento básico, fazendo com que pelo menos 1,2 mil pessoas não tenham acesso ao serviço.
O deputado disse que o investimento do Governo aumentaria a cobertura em mais de 13%. “Nós estamos falando aqui é da qualidade de vida da população que nós representamos, de políticas públicas necessárias”, salientou. Por sua vez, Augustinho Moreira frisou que, na parceria entre os dois partidos, “ninguém quer fazer com que Fortaleza ganhe, eles querem apenas se digladiar”.
O líder governista, Antonio Carlos, pediu “bom senso e equilíbrio” nos debates entre oposição e situação. “O governador e a prefeita foram reeleitos e, se tudo der certo, a mesma aliança vai para o teste popular daqui a sete meses”, ressaltou o petista.

Por fim, Dedé Teixeira reforçou a solidez da parceria entre PT e PSB. “Não há dicotomia, porque nossa aliança é programática”, enfatizou. O parlamentar também destacou a importância das discussões em plenário. “O debate é democrático, importante. Discutimos porque temos convicção e defendemos aquilo que acreditamos”, frisou.
“PT tem projeto de
poder hegemônico”

O deputado Carlomano Marques (PMDB) voltou a reclamar, na quarta-feira, do PT. Dessa vez ele reagiu ao discurso do petista Dedé Teixeira, para quem a insatisfação da bancada federal do PMDB com o governo se deve ao fato de que “os caciques” do partido ficam com os cargos, enquanto os deputados ficam de mãos vazias.
“O que eu disse foi que o PT usa a estrutura administrativa para se imiscuir em candidaturas de outros partidos”, afirmou Carlomano na Assembleia Legislativa. “Aí o Dedé vem à tribuna com um discurso miúdo, falando em caciques do PMDB. Não existem caciques no PMDB, existem líderes. E todos eles já compreenderam que existe um projeto de poder hegemônico do PT”.
A execução de tal projeto, segundo Carlomano, é evidente no caso da cidade de São Paulo, onde os petistas querem eleger Fernando Haddad prefeito. O PMDB trabalha ali com a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita (SP). “O vice-presidente Michel Temer reconheceu que a pressão do PT é grande e inaceitável para que o PMDB retire a candidatura do Chalita”, observou Carlomano.
PETISTA PEDE UNIDADE
Em resposta, o petista Antonio Carlos usou um conceito do pensador comunista Antonio Gramsci e disse que “a ocupação de espaços faz parte” da política. “O que interessa mesmo é que esse momento conjuntural [do PMDB] não prejudique esse projeto que é exitoso. A unidade do campo progressista é muito importante”.





Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Estado

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