Calamidade pública: População de Quixadá enfrenta nova crise no abastecimento d’água

quarta-feira, 30 de novembro de 2011


Idoso_conta_JacksonPerigoso
População está desesperada e não sabe mais a quem recorrer. Órgãos fiscalizadores nada fazem.
Pagar por um produto e não receber é um drama comum vivenciado por centenas de moradores da cidade de Quixadá, no Sertão Central cearense. O drama que a população está passando não é uma novela de poucos capítulos, mas uma problemática de vários anos. A conta é faturada todo mês, mas a água não chega às torneiras dos consumidores.
O aposentado Emanoel Firmino Alves, 66 anos, morador da Rua Florêncio Lopes é uma testemunha ocular, é uma dos milhares de vítimas que está sendo ludibriada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará-Cagece, sua conta demonstra claramente como a empresa tem praticado o golpe contra os seus clientes. No mês de outubro o cidadão não gastou nenhum metro cubico d’água, mas a conta veio com um valor exorbitante, “no mês de outubro o valor da minha conta foi de R$ 43,30, mas o consumo foi zero, portanto, não poderia ser cobrado este valor”, denuncia o aposentado.
Sem solução do problema do abastecimento d’água na cidade de Quixadá, moradores conclamam nos meios de comunicação, mas o silêncio da Cagece deixa ainda mais a população revoltada. Alguns moradores alegam que tem bairro que já ultrapassa aos 30 dias sem água como é caso do Alto São Francisco.
Uma moradora da Rua Rosa Tavares, no bairro Baviera fez questão de denunciar o desrespeito para com o consumidor, “estou com quase 20 dias sem água, estou comprando de carroceiros, mas a Cagece teve a audácia de enviar o aviso de corte”, denunciou a cliente que se diz lesada e constrangida, “cortar o que, água? Como cortar o que não está sendo fornecido?” indagou.
Nossa produção entrou em contato com o Escritório Regional da Cagece, entretanto, quem atendeu foi o vigilante que disse que todos os atendentes tinham saído para o almoço e que o diretor não estava na cidade. Tentamos contato com a assessoria de imprensa em Fortaleza, mas também não fomos atendidos.
O contrato de concessão que foi acordado entre a Cagece e a Prefeitura Municipal de Quixadá no ano de 2003, deu direito a companhia a explorar o serviço por 30 anos, mas há cláusula onde a não prestação do serviço é um dos fatores predominante para uma possível cassação, para isso, a Câmara Municipal de Quixadá tem que cassar a concessão. Diante de tais circunstâncias, só depende dos vereadores e do prefeito municipal Rômulo Carneiro para revogar o ato por descumprimento de cláusula fundamental que é a prestação do serviço de qualidade.
Cagece escritório Quixadá
(88) 3412-0840

0 comentários:

Postar um comentário

 
 
 
 
Copyright © Ceará News