QUIXADÁ - DESTINO INTERNACIONAL - Santuário do voo livre

domingo, 27 de novembro de 2011

Clique para Ampliar
O movimento da água dos reservatórios indica para a direção de prova o momento certo dos saltos
Clique para Ampliar
Atletas do mundo todo escolheram a Rampa do Santuário como um dos lugares mais apropriados para a modalidade
No último Ceará Aventura, percebemos por que Quixadá recebe centenas de praticantes de asa delta e parapente

Há cerca de 15 anos alguns aventureiros, em busca de mais adrenalina e emoção em suas vidas, descobriram o município de Quixadá como um paraíso para a prática do voo livre. Até então, o município era apenas mais um do Sertão Central cearense. O que ninguém poderia imaginar, nem os mais otimistas, era que Quixadá se tornaria um dos lugares mais conhecidos no mundo através do Sonho de Ícaro.

Há poucos dias estive no município de Quixadá para acompanhar as diversas atividades radicais do Ceará Aventura, onde os astros principais desse espetáculo foram os pilotos de asas deltas e parapentes, muitos deles vindos de países tão distantes quanto a Escócia, Polônia, Itália e muitos outros.

Até a manhã de domingo, 6 de novembro, eu nunca havia subido à mundialmente conhecida Rampa do Santuário Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão. Já sabia do potencial do município como um todo, inclusive já tinha até feito uma reportagem na Rampa da Pedra dos Ventos, no Distrito de Juatama, também em Quixadá. Mas confesso que ainda não tinha visto o poder dos internacionais ventos quixadaenses em seus dias mais temperamentais.

No último dia da competição, às 8h da manhã, fortes rajadas de vento, que chegavam a atingir 50km/h, mudaram os planos de voo de muitos competidores. Os primeiros a encarar o desafio foram as asas deltas. Além de muita coragem, os atletas tinham de dominar a técnica do salto em condições críticas e fazer tudo certinho. Do contrário a possibilidade de um choque contra a própria montanha causando um indesejável acidente poderia ser inevitável.

Tensão e alívio

Minutos de ansiedade antecedem o momento em que o diretor de prova grita para que o atleta voe e com a ajuda de mais dois amigos, cada um segurando uma ponta da asa o primeiro piloto ganha os céus do Quixadá. Ufa! Que adrenalina! O primeiro já tinha ido, agora só faltavam outros 100 atletas. Foi nessa hora que entendi a questão do horário. Antes das oito da manhã o vento sopra tranquilo. Depois desse horário começava o "Deus nos acuda".

O diretor de Prova, Paulo Rocha fica atento ao comportamento do vento. Para isso ele procura sentir as rajadas na pele, no rosto e até mesmo observar o espelho d´água do pequeno reservatório que fica lá embaixo das montanha. Naquele dia entendi porque o município de Quixadá é considerado uma locação internacional quando o assunto é voo livre.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diario do Nordeste

0 comentários:

Postar um comentário

 
 
 
 
Copyright © Ceará News