Mundo - Bagdá: 72 mortes em atentados

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

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Explosões aconteceram em vários pontos da capital e sinalizam a primeira reação violenta à decisão do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki
Após quatro dias da retirada das tropas americanas, país sofre atentados de bombas coordenados

Bagdá. Uma série de explosões de bombas, que atingiu Bagdá ontem, deixou ao menos 72 mortos e 217 feridos na capital iraquiana, elevando os temores de uma escalada na violência sectária, em meio a uma crise política no Iraque e quatro dias depois da retirada militar americana do Iraque.

Os atentados, aparentemente coordenados, foram o primeiro sinal de uma reação violenta contra a decisão do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, de afastar dois rivais sunitas, aumentando o risco de uma recaída no tipo de derramamento de sangue sectário que levou o Iraque à beira da guerra civil alguns anos atrás.

A Polícia e fontes de seguranças disseram que houve mais de 10 explosões em toda Bagdá. A maioria dos bairros alvejados era muçulmano xiita.

Pelo menos 18 pessoas foram mortas quando um homem dirigindo uma ambulância detonou o veículo perto de um prédio de uma agência do governo no bairro de Karrada em Bagdá.

Autoridades iraquianas rapidamente disseram que os ataques eram mensagens políticas enviadas durante a atual crise. "O momento desses crimes e os locais onde foram perpetrados confirmam a todos a natureza política dos alvos", disse Maliki em comunicado.

Explosões

Duas bombas explodiram no bairro de Amil, no sudoeste, matando pelo menos sete pessoas e ferindo outras 21, enquanto um carro-bomba explodia em um bairro xiita em Doura, ao sul, matando três pessoas e ferindo seis, de acordo com a Polícia.

Mais bombas explodiram na área central de Alawi, Shaab e Shula, no norte, todas regiões de maioria xiita, e uma bomba na estrada matou uma pessoa e feriu cinco perto do bairro sunita de Adhmaiya.

A violência no Iraque diminuiu desde o auge da matança sectária em 2006-2007, quando homens-bomba e esquadrões da morte vitimavam as comunidades sunitas e xiitas em ataques contínuos que mataram milhares de pessoas.

O Iraque ainda combate uma insurgência persistente, com islamistas sunitas ligados a Al Qaeda e milícias xiitas - que as autoridades norte-americanas dizem ser apoiadas pelo Irã - lançando ataques diários.

Os Estados Unidos disseram que "tentativas como estas de desestabilizar o progresso do Iraque vão fracassar".
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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