Quixadá - Num verdadeiro pé de guerra com o Governo do Estado, em busca por melhores condições de trabalho e remuneração justa, como vem ocorrendo com os policiais civis, muitos policias militares estranharam as declarações do secretário de Segurança Pública do Ceará, coronel Francisco Bezerra, ao Diário do Nordeste, na edição desta segunda-feira, 26: “O desafio é prevenir homicídios no Ceará”.
Na opinião de sargentos, cabos e soldados, inclusive do Ronda do Quarteirão, nos municípios do Sertão Central, a preocupação do secretário está diretamente relacionada às reivindicações das forças de segurança pública do Estado. Sem equipamentos, viaturas, aumento do efetivo e valorização dos profissionais, além da capital, os homicídios vão aumentar no Interior em 2012.
Os policiais temem inclusive ataques mais violentos de bandos organizados às pequenas cidades. “Em 2011 foi apenas um ensaio. Eles estão estudando nossas vulnerabilidades e com certeza se não houver reforço e melhor estrutura operacional os ataques vão aumentar. A gente dá o sangue pela nossa corporação, mas ter um melhor amparo econômico para nossas famílias nos encoraja anda mais e nos deixa aliviados”, comentou um sargento pedindo para não ter ser nome revelado.
Os próprios policiais fizeram levantamento dos crimes de morte registrados na região. Foram 27, sendo 16 deles em Quixadá, a maioria com características de pistolagem. E se não foi possível prevenir também está sendo difícil investigar. O efetivo da Polícia Civil é ainda mais precário em relação ao da Polícia Militar. Na mesma luta, inspetores e escrivães buscam melhores condições de trabalho e alertam: caso o Governo não reveja sua política de segurança vai enfrentar problemas na Copa do Mundo.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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