Deputada de Quixadá cobra ações ao enfrentamento das drogas

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Quixadá - Pouca gente viu, mas na semana passada a deputada Rachel Marques cobrou na tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará a necessidade de um conjunto de ações, desde a prevenção até o tratamento, como alternativas para solucionar o problema da dependência de drogas no Estado. Para ela é necessário ainda, a união entre saúde, educação e segurança pública. O pronunciamento da parlamentar de Quixadá ocorreu em razão da publicação no Diário Oficial da União, de uma portaria que regulamenta a criação e o funcionamento de unidades de acolhimento para o tratamento de dependentes de crack, álcool e outras drogas.

Em Quixadá, a Comunidade Novos Horizontes acolhe há anos dependentes químicos de todas as idades. Entretanto, a casa de acolhimento criada a partir da iniciativa do bispo emérito dom Adélio Tomasin, sobrevive graças a caridade de estrangeiros, na maioria, europeus, italianos. A direção da Novos Horizontes não foi localizada, mas para alguns voluntários que trabalham com dependentes químicos, o incentivo do Governo Federal surge apenas como uma medida paliativa, não vai solucionar o problema. Apenas verbas para construção de abrigos não vão livrar os dependentes das drogas.
Ainda em Quixadá, a Casa Norte, inaugurada no fim de setembro do ano passado, mantida pela prefeitura, presta assistência aos dependentes químicos. A mesma política é aplicada no Centro de Tratamento a Dependência de Álcool e Outras Drogas Resgata-me de Vez, em Quixeramobim. Mesmo assim, o número de vagas disponíveis nas unidades existentes nas duas cidades do Sertão Central não é suficiente para atender a demanda. Pelas estimativas da Polícia mais de 20% da população de Quixadá e Quixeramobim é dependente de algum tipo de droga.
Para a Polícia, além de melhorias na estrutura operacional e funcional há necessidade de leis mais rigorosas para os traficantes, deveriam inclusive ser criados presídios especiais para eles, mais seguros, que possam evitar a comunicação com “aviões” e “mulas”, quebrando assim o esquema do narcotráfico. Atualmente, embora a lei preveja pena de até 15 anos, como utilizam “microtraficantes” para comercializar as drogas, geralmente nem chegam a ser presos, alegam serem viciados, em razão da pouca quantidade encontrada, e se livram da cadeia com pena de no máximo dois anos de detenção, chamada de “pena social”.

Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário Sertão Central

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