No primeiro clássico do ano, o Ceará escalará três atacantes, de olho na instabilidade do rival Ferroviário
Ceará e Ferroviário fazem o primeiro clássico do ano do futebol cearense em clima de desconfiança. Enquanto o Vovô ainda busca a formação ideal, e por consequência, uma atuação que agrade a sua exigente torcida, no Ferrão, a situação é delicada, com a queda de treinador na quinta-feira e salários atrasados dos jogadores.
Ceará e Ferroviário fazem o primeiro clássico do ano do futebol cearense em clima de desconfiança. Enquanto o Vovô ainda busca a formação ideal, e por consequência, uma atuação que agrade a sua exigente torcida, no Ferrão, a situação é delicada, com a queda de treinador na quinta-feira e salários atrasados dos jogadores.
Por isso, uma vitória teria diferentes significados para os rivais. Para o Ceará, integrante do G-4 e invicto no certame, mas com dois empates seguidos, daria mais paz para o técnico Dimas Filgueiras trabalhar perto da liderança. Ao Tubarão da Barra, seria a primeira vitória no certame e a fuga momentânea da zona de rebaixamento.
Por esta busca da melhor atuação, o técnico Dimas Filgueiras mudou o time. E radicalmente, fugindo até de suas características. O técnico surpreendeu ao escalar um time com três atacantes: Mota - principal atração da partida - fará sua estreia, Felipe Azevedo e o jovem Romário, terão a missão de não dar sossego à meta coral. "Quero o time do 2º tempo contra o Crato. Ofensivo e sufocando o adversário. Com os três atacantes, mais a ofensividade do Apodi, que também estreia, quero o Ceará no ataque e correndo poucos riscos lá atrás. O Ferroviário é tradicional e pode ser perigoso mesmo em crise", argumentou Dimas.
Preocupação
A ideia do técnico descrita acima revela uma preocupação: a defesa, que tem sofrido gols bobos no início de partida e dificultando a busca por vitórias. "Admitimos que a defesa andou falhando, até individualmente, e precisamos corrigir", alertou o zagueiro Daniel Marques, que terá como companheiro de zaga o volante Heleno, mais uma vez improvisado, devido a falta de ritmo de jogo de Thiago Matias e Cléber.
E para vencer a desconfiança e finalmente o Vovô engrenar no campeonato, o presidente do clube, Evandro Leitão, conclamou a presença em massa da torcida no PV, aproveitando a estreia de Mota. "Quero 15 mil pessoas empurrando o Ceará. Será a estreia do Mota e precisamos da torcida para engrenar na competição".
Para Ferrão, clássico é tábua de salvação
Com apenas um ponto ganho e duas derrotas, ao mesmo tempo em que vive uma crise administrativa, o Ferroviário vê o clássico contra o Ceará como uma tábua de salvação dos seus problemas mais urgentes.
O novo técnico, Flávio Mendes, talvez não chegue a tempo de ver o clássico, mas o comando do time ficará entregue a Roberto Cearense, ex-atleta e funcionário do clube há vários anos.
Ignorando a situação difícil porque passa o Ferrão, com salários de atletas e funcionários atrasados, Roberto crê que seus comandados possam superar o poderio do Ceará.
O treinador interino foi indagado sobre o fato de o Ferrão perder o treinador na terceira rodada do Campeonato Cearense e às vésperas de um jogo difícil como este contra o Alvinegro. "Isso acontece no futebol. Não se pode mexer no grupo todo, então se mexe no treinador", opinou. "Não sei se felizmente ou infelizmente, vou pegar a batata quente, mas estamos preparados e temos que estar sempre", completou Roberto, que promoverá algumas mudanças, em relação ao time que era dirigido por Júlio Araújo. Na lateral-direita, sai Cícero, entra Cezinha. O lateral-esquerdo Celinho será substituído por Marclécio. E Cosmo perde a vaga para Everton.
Os jogadores estão confiantes, apesar dos problemas. "Nesse momento, a gente tem que ter tranquilidade. É trabalhar e focar nesse jogo, que é difícil, mas entraremos para vencer", comentou o meio-campista Márcio Tarrafas, em entrevista coletiva.
Postada;Gomes Silveira
Fonte:Diário
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